A cirurgia conservadora é frequentemente chamada de quadrantectomia ou lumpectomia, dependendo da quantidade de tecido removido. Ela é indicada para mulheres em estágios iniciais da doença, onde o tumor é pequeno o suficiente para ser retirado sem comprometer a integridade da mama.
Como funciona a Cirurgia Conservadora?
- Avaliação Pré-Cirúrgica: Antes do procedimento, o mastologista avalia a localização, tamanho e tipo de tumor por meio de exames de imagem, como mamografia, ultrassom e ressonância magnética. Além disso, realiza-se uma biópsia para confirmar o diagnóstico. Esses fatores determinam se a cirurgia conservadora é uma opção viável.
- Remoção do Tumor: Durante a cirurgia, o mastologista remove o tumor junto com uma margem de tecido saudável ao redor. Isso é feito para garantir que nenhuma célula cancerosa fique para trás. A quantidade de tecido removido depende do tamanho e da localização do tumor, mas o objetivo é preservar o máximo possível da mama.
- Análise de Margens Cirúrgicas: Após a remoção do tumor, o tecido retirado é enviado para análise patológica. O laboratório verifica se as margens (as bordas do tecido removido) estão livres de células cancerosas. Se as margens contêm células malignas, pode ser necessário um novo procedimento para retirar mais tecido.
- Radioterapia Complementar: Após a cirurgia conservadora, a maioria das pacientes recebe radioterapia para tratar possíveis células cancerosas remanescentes no tecido mamário. Isso reduz o risco de recorrência do câncer. A combinação de cirurgia conservadora e radioterapia tem se mostrado tão eficaz quanto a mastectomia em muitos casos de câncer de mama em estágio inicial.
Benefícios da Cirurgia Conservadora:
- Preservação da Mama: O principal benefício da cirurgia conservadora é a preservação da forma e aparência da mama, o que pode ter um impacto significativo na autoestima e qualidade de vida da paciente
- Recuperação mais rápida: Como o procedimento é menos invasivo do que a mastectomia, a recuperação costuma ser mais rápida e com menos complicações.
- Efetividade semelhante à Mastectomia: Estudos mostram que, em pacientes com câncer de mama em estágio inicial, a cirurgia conservadora seguida de radioterapia tem taxas de cura e sobrevida semelhantes às da mastectomia.
Para quem é indicada?
A cirurgia conservadora da mama é indicada principalmente para:
- Pacientes com câncer de mama em estágio inicial, quando o tumor é pequeno e localizado.
- Tumores únicos e bem definidos, que podem ser removidos com uma margem de segurança ao redor.
- Pacientes que preferem preservar a mama e que podem seguir com radioterapia após a cirurgia.
Conclusão
A cirurgia conservadora da mama oferece uma abordagem menos invasiva para o tratamento do câncer de mama, permitindo que as mulheres mantenham a maior parte de sua mama enquanto ainda tratam efetivamente a doença. Combinada com a radioterapia, essa técnica tem se mostrado uma alternativa viável e segura para a mastectomia, especialmente em estágios iniciais do câncer. Como em todo tratamento, a decisão de optar por essa cirurgia deve ser feita com base em uma avaliação individualizada pelo mastologista, levando em consideração as características do tumor e as preferências da paciente.